É assim que a Ford assume a realização deste projecto. A herança visual do GT40 é inegável, e só isso basta para a adrenalina começar a fluir. O interior ganha algum conforto, mas lá atrás, a força brutal de um V8 de 5,4 litros com 550 CV ameaça colar-nos ao banco ao disparar dos 0 aos 100 km/h em 3,8 segundos. A caixa é manual, de 6 velocidades, e a embraiagem, musculada, Ricardo, de discos duplos. Para travar o monstro, travões Brembo; para o agarrar ao asfalto, jantes BBS 18´´à frente e 19´´atrás e pneus Goodyear Eagle F1 235/45 e 315/40, respectivamente. O Ford GT é apresentado no Salão de Detroit em 2002, com uma produção de 4500 unidades entre 2003 e 2006 para todo o mundo, e destes, tanto quanto se sabe, apenas um chega a Portugal, em Julho de 2006: o # 1FAFP90S65Y402003, azul escuro com riscas brancas ao centro e nas laterais em baixo com as letras FORD (riscas opcionais no acto da compra). Naturalmente, qualquer proprietário de um Ford GT tem por vezes que pôr o coração ao largo e levá-lo a passear, não para o parque mas sim para o seu verdadeiro habitat: a estrada. Assim, este exemplar participa em 2008 na rampa do Caramulo, na categoria E, classe 5 grupo de subida I, pilotado por Adriano Barbosa. Ainda bem. Para nós, apaixonados pelo desporto automóvel, ver carros assim, ouvir carros assim, de uma linhagem quase mítica, em acção, é, sempre, um inebriante festim para os sentidos. Long live the legend.
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