19 de Maio de 1971. Um dia como os outros, ou talvez não. Talvez, uma quarta-feira diferente. Gabriel – Arnaldo Team prepara o seu Mini Cooper 1000 MkII com duplo carburador Webber, baquets de competição e um pedigree genuíno, devido à sua importação directa de Inglaterra, para a esperada gincana no Regimento de Lanceiros 2, na Calçada da Ajuda, em Lisboa. Gabriel Silva e Campanhã, de seu nome Arnaldo Freitas fazem as últimas verificações técnicas: o motor, a pressão dos pneus, o nível do óleo, e atestam o bólide.
Com tempo ainda para merecidos momentos de convívio no paddock, onde outras máquinas aguardam o tão esperado momento.
Curva contra-curva, slide à direita, slide à esquerda, um, dois ou três piões e umas valentes aceleradelas, testemunham o brilhantismo desta dupla.
A assistencia segue atentamente a prova, entusiasma-se, aplaude. Gabriel corresponde e leva, por entre fumos de borracha queimada, o rouco bólide Inglês ao triunfo: 1º lugar da geral, e 1º lugar na classe de até 1100 cc. Memorável.
Mais tarde, o Comandante distribui os troféus. Para Gabriel Silva, uma bonita taça e um galhardete; para o Campanhã, um volume maços de cigarros pelo seu desempenho como co-piloto. Nada mal.
Que belos tempos, os da tropa..., diz o meu pai ainda hoje. Por esta, e por outras aventuras, fica certamente a nostalgia e por vezes o desejo de voltar atrás. Mas o caminho é assim, para a frente. Um caminho onde há tempo e espaço para reviver bons momentos. Para abraços, serões e memórias. Para um beijo terno de gratidão. Bem haja, Pai.
1 comentário:
Obrigado Pedro...
Grande beijo do Pai.
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